Por Ana Calazans
Fotos Uarlen Becker
Construído a partir de fatos verídicos, o texto Volta
Seca – O sentinela do cangaço é baseado na vida de Antonio dos Santos,
considerado o lugar tenente mais importante de Lampião. Recrutado ainda criança por Corisco, o
cangaceiro foi testemunha ocular do primeiro encontro de Virgulino Ferreira e
Maria Bonita, do nascimento das crianças do cangaço e de batalhas históricas no
sertão baiano, ricamente descrito no enredo da peça.
Dois encontros, duas
encruzilhadas, marcaram a vida do personagem e pontuam a encenação: o
avistamento com Lampião aos 11 anos e a visão, já rapaz no presídio da Coreia
em Salvador, de uma jovem freira que, como ele, amava a música: Irmã Dulce. Com
o Rei do Cangaço pegou em armas; com a Mãe dos Pobres jurou que nunca mais as
empunharia.
"Volta Seca - O sentinela de Lampião"
estreia em julho em Salvador, no Espaço Xisto Bahia (5 a 26, 20h). O monólogo
será encenado pelo próprio autor, o ator e diretor Edmar Dias, sob a direção de
Fábio Nieto Lopez. A peça tem trilha sonora de Denis Wan-dick Corbi,
cenário de Yoshi Aguiar,coreografia de Dalvinha Gomes, figurino e maquiagem de
Renata Cardoso, iluminação de Uarlen Becker, preparação vocal de Marcelo
Jardim, preparação Corporal de Rafael Moraes e pesquisa de Edmar Dias e Fábio
Nieto Lopez.
Ensaio no Espaço Xisto |
Volta Seca – O sentinela de Lampião
Quando a
estrada finalmente chegou ao sertão brasileiro, um tipo de levante armado e
popular estava fadado a desaparecer. Depois da morte de Lampião e Maria Bonita
na gruta do Angico (SE) e do fim da resistência de Corisco e Dadá, vencidos em
Jeremoabo (BA), o cangaço morreria de morte natural nos anos 40. Alguns homens,
poucos, sobreviveram para contar a história. Dentre eles, a figura frágil e
perplexa de Volta Seca, cabra de confiança de Virgulino Ferreira da Silva, o
rei do cangaço.
Construído a partir de fatos verídicos, Volta
Seca – O sentinela do cangaço, monólogo escrito e interpretado pelo ator e
dramaturgo Edmar Dias com direção de Fábio Nieto Lopez, estreia no dia cinco de
julho e fica em cartaz até o dia 26, sempre as quintas-feiras, no Espaço Xisto Bahia, com sessões às 20h.
O
texto é baseado
na vida de Antonio dos Santos, considerado o lugar tenente mais importante de
Lampião. Recrutado ainda criança por
Corisco, o cangaceiro foi testemunha ocular do primeiro encontro de Virgulino
Ferreira e Maria Bonita, do nascimento das crianças do cangaço e de batalhas
históricas no sertão baiano, episódios ricamente descritos no enredo
da peça. Personalidade rica e desconcertante, Volta Seca foi também um grande
compositor popular, autor de clássicos do cancioneiro como “Mulher rendeira” e
“Acorda Maria Bonita”.
Dois encontros, duas
encruzilhadas, marcaram a vida do personagem e pontuam a encenação: o
avistamento com Lampião aos 11 anos e a visão, já rapaz no presídio da Coreia
em Salvador, de uma jovem freira que, como ele, amava a música: Irmã Dulce. Com
o Rei do Cangaço pegou em armas; com a Mãe dos Pobres jurou que nunca mais as
empunharia.
Ensaio no Espaço Xisto |
Texto aborda cangaço como
experiência universal
A
narrativa da peça percorre o campo das ideias e ações do bando, expondo a
hierarquia militarizada, o treinamento dos “cabras” e suas estratégias de combate. Escrito em um ato para o teatro, o texto é
documental e revela as perseguições das volantes, os momentos de descontração
do bando e, de maneira particular, a própria saga da personagem. Um dos mais
intrigantes fenômenos sociais do Brasil, misto de banditismo e heroísmo, o
cangaço desafiou as autoridades e sobreviveu por quase 30 anos às investidas
das unidades volantes da polícia.
Apesar da referência histórica, o texto não se
limita a ser um documento de uma período distante. O plano da narrativa, que se
apresenta como “prosa” aparentemente improvisada, se dá em um ambiente onírico,
em que a linguagem teatral se articula em sua concepção poética, sonora e
plástica. Volta Seca é o anfitrião. O espetáculo constrói
atmosferas diferentes, que tanto aproximam a plateia da experiência quase mística
das batalhas sangrentas como dos medos, desejos e sofrimentos do personagem,
compondo, assim, um panorama mais próximo do carismático, misterioso e
imprevisível Volta Seca. A localização do cangaço se liberta assim da concepção
geográfica para ganhar a conotação mais humana e universal possível.
Construído a partir de fatos verídicos, o texto Volta
Seca – O sentinela do cangaço é baseado na vida de Antonio dos Santos,
considerado o lugar tenente mais importante de Lampião. Recrutado ainda criança por Corisco, o
cangaceiro foi testemunha ocular do primeiro encontro de Virgulino Ferreira e
Maria Bonita, do nascimento das crianças do cangaço e de batalhas históricas no
sertão baiano, ricamente descrito no enredo da peça.
Dois encontros, duas
encruzilhadas, marcaram a vida do personagem e pontuam a encenação: o
avistamento com Lampião aos 11 anos e a visão, já rapaz no presídio da Coreia
em Salvador, de uma jovem freira que, como ele, amava a música: Irmã Dulce. Com
o Rei do Cangaço pegou em armas; com a Mãe dos Pobres jurou que nunca mais as
empunharia.
"Volta Seca - O sentinela de Lampião"
estreia em julho em Salvador, no Espaço Xisto Bahia (5 a 26, 20h). O monólogo
será encenado pelo próprio autor, o ator e diretor Edmar Dias, sob a direção de
Fábio Nieto Lopez. A peça tem trilha sonora de Denis Wan-dick Corbi,
cenário de Yoshi Aguiar,coreografia de Dalvinha Gomes, figurino e maquiagem de
Renata Cardoso, iluminação de Uarlen Becker, preparação vocal de Marcelo
Jardim, preparação Corporal de Rafael Moraes e pesquisa de Edmar Dias e Fábio
Nieto Lopez.
Volta Seca – O sentinela de Lampião
Quando a
estrada finalmente chegou ao sertão brasileiro, um tipo de levante armado e
popular estava fadado a desaparecer. Depois da morte de Lampião e Maria Bonita
na gruta do Angico (SE) e do fim da resistência de Corisco e Dadá, vencidos em
Jeremoabo (BA), o cangaço morreria de morte natural nos anos 40. Alguns homens,
poucos, sobreviveram para contar a história. Dentre eles, a figura frágil e
perplexa de Volta Seca, cabra de confiança de Virgulino Ferreira da Silva, o
rei do cangaço.
Construído a partir de fatos verídicos, Volta
Seca – O sentinela do cangaço, monólogo escrito e interpretado pelo ator e
dramaturgo Edmar Dias com direção de Fábio Nieto Lopez, estreia no dia cinco de
julho e fica em cartaz até o dia 26, sempre as quintas-feiras, no Espaço Xisto Bahia, com sessões às 20h.
O
texto é baseado
na vida de Antonio dos Santos, considerado o lugar tenente mais importante de
Lampião. Recrutado ainda criança por
Corisco, o cangaceiro foi testemunha ocular do primeiro encontro de Virgulino
Ferreira e Maria Bonita, do nascimento das crianças do cangaço e de batalhas
históricas no sertão baiano, episódios ricamente descritos no enredo
da peça. Personalidade rica e desconcertante, Volta Seca foi também um grande
compositor popular, autor de clássicos do cancioneiro como “Mulher rendeira” e
“Acorda Maria Bonita”.
Dois encontros, duas
encruzilhadas, marcaram a vida do personagem e pontuam a encenação: o
avistamento com Lampião aos 11 anos e a visão, já rapaz no presídio da Coreia
em Salvador, de uma jovem freira que, como ele, amava a música: Irmã Dulce. Com
o Rei do Cangaço pegou em armas; com a Mãe dos Pobres jurou que nunca mais as
empunharia.
Texto aborda cangaço como
experiência universal
A
narrativa da peça percorre o campo das ideias e ações do bando, expondo a
hierarquia militarizada, o treinamento dos “cabras” e suas estratégias de combate. Escrito em um ato para o teatro, o texto é
documental e revela as perseguições das volantes, os momentos de descontração
do bando e, de maneira particular, a própria saga da personagem. Um dos mais
intrigantes fenômenos sociais do Brasil, misto de banditismo e heroísmo, o
cangaço desafiou as autoridades e sobreviveu por quase 30 anos às investidas
das unidades volantes da polícia.
Apesar da referência histórica, o texto não se
limita a ser um documento de uma período distante. O plano da narrativa, que se
apresenta como “prosa” aparentemente improvisada, se dá em um ambiente onírico,
em que a linguagem teatral se articula em sua concepção poética, sonora e
plástica. Volta Seca é o anfitrião. O espetáculo constrói
atmosferas diferentes, que tanto aproximam a plateia da experiência quase mística
das batalhas sangrentas como dos medos, desejos e sofrimentos do personagem,
compondo, assim, um panorama mais próximo do carismático, misterioso e
imprevisível Volta Seca. A localização do cangaço se liberta assim da concepção
geográfica para ganhar a conotação mais humana e universal possível.
Dados biográficos de Antonio dos Santos
– Volta Seca
Misterioso,
complexo e desconcertante, Antonio dos Santos, o Volta Seca, é uma das
personalidades mais ricas do ciclo do cangaço. Considerado o lugar tenente de
“mais destacada fama” de Lampião, mais importante ainda do que Corisco na opinião de historiadores como Ranulfo Prata,
matou pela primeira vez aos 10 anos, entrou para o cangaço aos 11 – recrutado
pelo Diabo Louro, compôs pérolas do cancioneiro popular como “Mulher rendeira”
e teve a compaixão de Irmã Dulce.
Relativamente
pouco conhecido, o cangaceiro-menino nasceu em
13 de março de 1918 na localidade de Saco Torto, no então município de
Itabaiana e atual município de Malhador (SE).
Embora haja discordância entre alguns historiadores e relatos, Antonio
deve ter entrado para o bando de Lampião por volta de 1928 e lá permaneceu por
quatro anos, destacando-se pela coragem, valentia, e implacável postura de
sentinela. Em entrevista ao jornalista Joel
Silveira ele diz que logo que chegou ao bando apanhava quase que diariamente
mas “depois endureci o cangote e o primeiro que me apareceu com ares de pai,
recebi com a mão no rifle.”
Coragem para desafiar o
capitão
Volta
Seca foi o único “cabra” a desafiar o próprio chefe para uma briga. O episódio
marcou o fim de sua vida no cangaço e foi relatado por ele ao, na época, já
famoso jornalista Joel Silveira, em entrevista concedida em março de 1944 no
presídio da Coreia em Salvador. A contenda se deu em 1931 por causa de um
socorro dado ao cangaceiro Bananeira, ferido em combate. Lampião era de opinião
que o atraso colocaria o bando em risco junto a volante, mas Volta Seca
insistiu em acudir o companheiro atingido por tiros. A insubordinação do
rapazote enfureceu o capitão, que não viu outro jeito de assegurar sua
autoridade no bando senão dar cabo do insolente. Mas Volta Seca não era apenas
o preferido de Lampião, era querido também por Maria Bonita, a quem Virgulino
lhe confiou a guarda por diversas vezes. Ao tomar conhecimento dos planos de
Lampião, Maria tratou de avisar a seu segurança que o marido pretendia matá-lo
no dia seguinte durante o almoço; Volta Seca fugiu na madrugada.
Em sua fuga acabou preso aos 14 anos.
Foi a julgamento dois anos depois sendo condenado a 145 anos de cadeia. A
chegada do “facínora” a Salvador causou comoção. Uma junta de cientistas,
médicos e acadêmicos logo se adiantou para traçar o perfil antropológico e
psicológico do bandido segundo os cânones evolucionistas que ainda perduravam
no país por via da influência da chamada Escola de Nina Rodrigues. O grande
médico e etnólogo alagoano, Arthur Ramos foi um dos que estudaram
cuidadosamente o perfil de Volta Seca na prisão e emitiram diagnóstico. Segundo
Ramos, a primeira impressão que se tem ao encontrar o bandido é de
“desapontamento”. Não são encontradas nele nenhuma das características do
“criminoso nato”; “nenhuma anomalia, nenhum estigma antropológico de
degenerescência”, a saber, “a cabeça disforme, os malares salientes, o olhar
duro e mau, orelhas malformadas...”. “Antes cafuzo do que caboclo propriamente dito,
Volta-Seca é o tipo do adolescente mal saído da época puberal. Dezesseis anos.
De estatura um pouco abaixo do normal: 1,58 e 5. Franzino.”, relata Ramos.
A mesma
falta de sinais aparentes de psicopatia é encontrada no perfil psicológico;
Ramos, no entanto, conclui que a criminalidade em Volta Seca é fruto de seu
ambiente e não uma disposição intrínseca. “Outro desapontamento. É o menino
aparentemente ingênuo dos sertões. Crivado de perguntas, responde com
humildade, fala arrastada, com precisão. Esta impressão de ingenuidade vai
desaparecendo progressivamente, à medida que vamos mergulhando nos abismos
desconhecidos da sua psique criminal... Isoladamente, é o caboclo humilde, o
adolescente inofensivo que temos diante de nós. Socialmente, porém, é o membro
temível de uma coletividade anormal. Em Volta-Seca, o fator intrínseco da
criminalidade cede de muito o passo aos fatores extrínsecos, mesológicos, que o
caracterizam como um dos elementos mais perversos, mais criminosos, mais
ferozes, do grupo de "Lampião". (Trechos retirados do capítulo Os
cabras de Lampeão, do livro Lampeão de Ranulfo Prata).
Tudo leva
a crer que Antonio dos Santos possuía um nível intelectual acima da média; além
do senso moral próprio e do talento como compositor, possuía também, apesar da
pouca idade, um discernimento agudo da situação social e política do Nordeste
que pode ser ilustrada por uma de suas declarações na prisão: “O medo da prisão transforma o homem numa fera, é isto mesmo: os
crimes dos “macacos” foram iguais aos nossos. Mas nada aconteceu com eles, nem
com os homens importantes e ricos do sertão, que nos ajudaram, nos davam armas,
dinheiro e comida, continuam ricos e importantes", disse.
O garoto chegou a
fugir duas vezes da prisão; na primeira vez lhe permitiram um “passeio”, ele
saiu e não voltou, ficou passeando por Salvador; na segunda vez saiu junto com
outro preso pela porta da frente do presídio. Nesta fuga, o cangaceiro deu
mostrar de seu companheirismo mais uma vez: após dias de caminhada pela mata
seu companheiro de fuga ficou muito doente e quis desistir; Volta Seca não o
abandonou, apesar de frágil fisicamente o carregou nas costas até um povoado
onde foi reconhecido e denunciado pela população. Segundo registra o Diário
Oficial de 5 de março de 1944 ele foi preso “em companhia de outro bandoleiro,
entre os municípios de Indiaroba e
Cristinápolis.”
Cristinápolis.”
Liberdade
e música
Ganhou a liberdade em
1954, graças a um indulto do presidente Getúlio Vargas. No presídio da Coreia conheceu Irmã Dulce e lhe prometeu
nunca mais pegar em armas e virou personagem de Jorge Amado no romance Capitães
de Areia. A amizade com a jovem freira, que costumava visitar o presídio para
levar o consolo do evangelho e da música aos presos para escândalo da sociedade
da época, se deu por causa da música, sanfoneira e amante da música, a irmã
encontrou em Volta Seca um talento musical incomum: tocava realejo, era entoado
ao cantar e já havia composto a maioria de suas músicas.
Estigmatizado ao sair
da prisão, Volta Seca recebeu o apoio do cineasta Lima Barreto por ocasião do
lançamento do filme "O Cangaceiro" em São Paulo. Barreto o convidou
para avaliar criticamente o filme. Volta
Seca não gostou de uma cena em que Lampião aparece chicoteando um homem no
rosto. Segundo ele, isso n ao se fazia no Nordeste: a cara de um homem é
sagrada. Realizado em 1953, O Cangaceiro foi o primeiro filme
brasileiro a alcançar sucesso internacional; ganhou o prêmio de melhor filme de aventura e
de melhor trilha sonora com a música "Mulher rendeira", em Cannes.
Com a mudança para o Sudeste,
conseguiu emprego na Estrada de ferro Leopoldina
e gravou um LP pelo selo Continental. Com
arranjos do maestro Guio de Moraes e narrações do radialista Paulo Roberto da
Rádio Nacional, o disco apresenta oito músicas de autoria de Volta Seca
compostas no período do cangaço interpretadas pelo próprio. Entre elas algumas
pérolas do cancioneiro como Acorda Maria
Bonita" e a famosa "Mulher
rendeira", que, conta-se, foi cantada pelo bando de Lampião durante a
famosa invasão a cidade de Mossoró.
Antonio dos Santos viveu quase 80
anos, teve diversos filhos e faleceu de causas naturais no dia dois de
fevereiro de 1997 em Pirapitinga (MG).
Conceito Resumido da
Direção
A trajetória de Volta Seca se apresenta
materialmente para a plateia, que é convidada a subir ao palco com o
personagem. A prosa segue animada ao sabor das ventos da lembrança, por vezes
mais carregadas em intensidade dramática, desvendando o cotidiano fantástico de
uma vida de perseguições e fugas, às vezes cantando uma música sua, mas
também falando de dores e sofrimentos.
A direção cuidou para que a atmosfera de
cumplicidade estivesse sempre presente durante a montagem, na qual o personagem
fala de sua história para convidados como se estivesse em seu próprio quintal.
Mas como o quintal é o palco, ampliam-se as possibilidades para dar vida às
suas memórias ricas em cinestesia. Assim, a distância entre um café
servido na hora e a aridez do Raso da Catarina se dá no instante da lembrança,
e também rapidamente o personagem revive sua história.
Até onde segue a lembrança e quando começa a
fantasia? O quanto conseguimos enxergar sem emprestar ao mundo nossas
próprias qualidades e emoções? Volta Seca aparece em cena
no intermezzo entre o passado e o presente, entre fantasias e
realidades, entre seu mundo e o nosso, e entre uma metade de plateia e
outra. Dessa forma, se confundem os aspectos históricos da convivência do
cangaceiro com Lampião e suas descrições fantasiosas das batalhas. Enquanto
interpreta os diferentes personagens, mistura-se com eles , emprestando voz e
corpo. O personagem passeia pelo palco, refazendo seu itinerário em um cenário
que se assemelha a um pedaço de chão. De um lado algumas fileiras da plateia e
do outro lado outra fileira, compondo assim, muito mais que uma unidade
cenográfica.
O autor e o ator
Edmar
Dias é autor, diretor e ator de teatro. Concluiu o curso livre de teatro da
Universidade Federal da Bahia e por dois anos consecutivos participou, na mesma
instituição, do Núcleo de Exercício para o Ator. Conhecedor das técnicas
circenses é palhaço experiente com 15 anos de atuação. É fundador, diretor
artístico e ator dos Terapeutas do Riso, trupe de artistas profissionais que
utiliza as artes cênicas como ferramenta no acolhimento e humanização
hospitalar desde 1998.
Autor
das peças É positivo, Óculos, Eu não vivo sem você, Brincando no mundo da
visão, O casamento matuto, Um auto de Natal e A santa do lajedo, dirigiu entre
outras montagens O rei dos reis, O consertador de brinquedos, Quadro de amor, O
rico avarento, O boi e o burro no caminho de Belém e Natal na feira. Como ator
participou de montagens como Um personagem se aproxima (Meran Vargens), O
inspetor geral (Paulo Cunha), O tempo (Tom Carneiro), Dorotéia vai à guerra,
Viva o Circo e Gargalhadas (direção coletiva).
O
Diretor
Fábio Nieto Lopez – Ator e diretor de teatro
graduado pela Universidade Federal da Bahia (2007) é mestre e doutorando em
Psicologia pela mesma instituição. Professor de psicologia da Faculdade São
Bento da Bahia e da Escola Bahiana de Medicina.
Participou do festival Quatro Cravos Para Exú (2010), dirigindo Pensando
Bem, de Bárbara Pessoa, e Alfazema e Suor, de Gildon Oliveira. Encenando a peça
Avental Todo Sujo de Ovo, do dramaturgo Marcos Barbosa, representou a Bahia na
mostra “fringe” do Festival de Curitiba (2008).
Dirigiu os
espetáculos: Enfim (2009), A Cantora Careca (2006), Noite de Reis (2005), Sem
Perder a Ternura (2005), Gestos de Jabuticabeira (2002), Ernesto (2002), Auto
do Boi (2001), Sorriso Solo Fértil (2000), Multidões de Mim (1999), Navio
Negreiro (1998). Premiado no festival Mapa Cultural Paulista, promovido pela
Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, de melhor texto inédito por
Sorriso Solo Fértil e Auto do Boi, e melhor iluminação por Multidões de Mim.
Atou nas
peças A Cruz de Giz (2010), O Jardim Secreto (2006), Noite de Reis (2005),
Rivail (2004), A Pena e a Lei (2003), Auto do Boi (2001), Zumbi (2000),
Perdoa-me por te Traíres (1997), O Inspetor Geral (1996). Como Palhaço fez
parte do elenco dos Terapeutas do Riso (2004 – 2005).
|
Ficha técnica
Texto e interpretação: Edmar
Dias
Direção: Fabio Nieto Lopez
Assistência de direção:
Uarlen Becker
Produção: Ana Paula Carneiro
Trilha sonora: Denis
Wan-Dick Corbi
Cenário: Yoshi Aguiar
Coreografia: Dalvinha Gomes
Figurino e maquiagem: Renata
Cardoso
Iluminação: Uarlen Becker
Operação de luz e
assistência de produção: Fernanda Avelar
Operação de som: Gabriel
Carneiro
Preparação vocal: Marcelo
Jardim
Pesquisa:Edmar Dias e Fábio
Nieto Lopez
Fotos e mídias sociais:
Uarlen Becker
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